No meio de nada, a banana.
Desembrulhar folhas de papel de um cacho de bananas pode tornar-se instrutivo. Um destes dias, pude reler, numa dessas folhas acondicionadoras, a entrevista requentada de um dirigente sindical - imponente o tipo - a afirmar, sem margem para dúvidas, que “gosta de andar no meio dos trabalhadores”.
Ora cá está. Desta não estava à espera. Apesar de não ser um deles, de só parecer mas não querer ser, ele até gosta de se misturar com eles. Mais mesmo, de andar “no meio deles”. Claro, não dentro deles, nem por eles, mas no meio deles. É disto que é preciso.
(Almada)
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